domingo, outubro 12
quinta-feira, outubro 2
Um mundo diferente
Nas minhas mãos ...
Desenhei meu mundo assim:
um grande coração
abrigo de amor e paz
lugar onde as pessoas
deitam suas esperanças
e os abraços fazem suaves cócegas.
Castelo amarelo
sem muro, sem trava
sem trinco, sem lágrima
na beira da estrada
riacho cristalino
banhado de flores.
riacho cristalino
banhado de flores.
Uma casa alegria
de portas abertas
cortinas, janelas
e girassóis
_ girando sempre ao redor do sol.
Uma casa sorvete
com cobertura de chocolate meio amargo
- Adoooooro!
E confetes coloridos, muitos confetes
- te todas as cores.
O meu mundo seria uma
imensa biblioteca
- Enooooormeeee!
E as pessoas iriam morar nos livros
- seriam livros casas
livros asas
livros palavras
livros fantasia.
O mundo em minhas mãos teria
peixes palhaços
_ alaranjados,
cachorros e pássaros.
Muitos pássaros _poemas.
E o mundo seria abraçado por muitas mãos:
brancas, amarelas, pretas e vermelhas.
E aí já não seria apenas o mundo em minhas mãos.
Fátima Mota
quarta-feira, setembro 17
Vontades
E a noite seria bem vinda
se todos os segredos adormecessem as
consciências.
Se a clara manhã não fosse vã
e a esperança nos trouxesse a alegria
E a tarde seria tão mansa
a vida seria mais terna
com menos pedras lançadas
- a paz seria brinquedo de pequeno alcance.
E se o dia nos chegasse sem dores
se flores fossem regadas
a messe seria mais bela
ainda que não existisse a primavera.
O coração seria o cais de palavras
- nunca de pedra.
quarta-feira, setembro 10
Cais de pedra
Quero a noite densa
para acolher meus pensamentos
com todas as suas cláusulas
e contratempos.
Quero a suave brisa
Nesse abraço liso
Cheio de chegadas
E saudade re_partidas.
Quero um rio_mar
Doce ou salgado
Anistia de lágrimas e risos.
Quero um anjo alado
Caído no meu quintal
Um anjo vassalo
Que me encontre desavisada
- só por essa vez-
um anjo só meu.
Quero um porto sem navio
Onde escrevo nas paredes
Um poema concreto
- sem meio ou fim_
poema de cais de pedra.
domingo, agosto 31
O recreio da escola
Quando a sineta tocava
O pátio se coloria
Corríamos para brincar
Entre gritos de alegria.
Diferentes guloseimas
Na lancheira não faltava
Brigadeiro e sanduiche
Bolo, suco e goiabada.
Pirulitos e balinhas
De hortelã e canela
De tudo o que eu mais gostava
Dava a menina mais bela.
Nos olhos daquela menina
Duas estrelas anis
Em céu de algodão doce
Um menino era feliz.
Fátima Mota
O pátio se coloria
Corríamos para brincar
Entre gritos de alegria.
Diferentes guloseimas
Na lancheira não faltava
Brigadeiro e sanduiche
Bolo, suco e goiabada.
Pirulitos e balinhas
De hortelã e canela
De tudo o que eu mais gostava
Dava a menina mais bela.
Nos olhos daquela menina
Duas estrelas anis
Em céu de algodão doce
Um menino era feliz.
Fátima Mota
segunda-feira, agosto 25
Falando de livros
Um livro é castelo
Pintado nas nuvens
Sem portas ou trancas
É mundo da lua.
Um livro é desenho
De um dia aquarela
De nuvens pintadas
Com o sol amarelo.
Um livro é caixa
De mágica e segredos
É lápis escrevendo
Os sonhos e medos.
É infância, velhice
É tempo de escola
Boneca ou pipa
Campinho e bola.
É anjo sem asas
Poema e casa
O livro é fala
Que a minh’alma cala.
sexta-feira, agosto 22
Matizes
Por-do-sol - Campina Grande -Pb
Matizes
Há sempre um assombro entre
meus olhos.
Há sempre um espanto nos
meus ouvidos.
O fim do dia me põe de
joelhos.
Quedo-me e silencio.
Lá onde a vista se alonga
há uma pintura abstrata,
vermelhos e purpúreos,
claros alaranjados.
Uma mão divina caprichou nas pinceladas!
Inquietas formas
e sombras,
colisão entre céu e serras
árvores e terra.
E no caminho, uma árvore
solitária
finca raizes no árido chão.
Um dia contarão a sua história!
Um dia contarão a sua história!
Indiferentes pássaros fazem
a sua revoada,
quase noturna, quase
soturna.
A natureza reverbera os
seus matizes
beleza e pranto se
confundem.
Penso nos avessos do
cotidiano
caminhos de pedras e flores
recortes e contrastes
afetos e saudade.
Não sei se a natureza chora
ao despedir-se do dia.
Seria um festim da noite
para alumiar as dores
desertadas entre faces e
risos?
A minh'alma reparte-se sublimando o dia.
Recolhe-se a fala e, quieta, dorme.
Imperativo calar!
Atrás dos montes um gigante acomoda-se
logo sera noite e a lua ,
de fases, esconde-se.
Será que verei estrelas nos
meus descaminhos?
Fátima Mota
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