Quando a sineta tocava
O pátio se coloria
Corríamos para brincar
Entre gritos de alegria.
Diferentes guloseimas
Na lancheira não faltava
Brigadeiro e sanduiche
Bolo, suco e goiabada.
Pirulitos e balinhas
De hortelã e canela
De tudo o que eu mais gostava
Dava a menina mais bela.
Nos olhos daquela menina
Duas estrelas anis
Em céu de algodão doce
Um menino era feliz.
Fátima Mota
domingo, agosto 31
segunda-feira, agosto 25
Falando de livros
Um livro é castelo
Pintado nas nuvens
Sem portas ou trancas
É mundo da lua.
Um livro é desenho
De um dia aquarela
De nuvens pintadas
Com o sol amarelo.
Um livro é caixa
De mágica e segredos
É lápis escrevendo
Os sonhos e medos.
É infância, velhice
É tempo de escola
Boneca ou pipa
Campinho e bola.
É anjo sem asas
Poema e casa
O livro é fala
Que a minh’alma cala.
sexta-feira, agosto 22
Matizes
Por-do-sol - Campina Grande -Pb
Matizes
Há sempre um assombro entre
meus olhos.
Há sempre um espanto nos
meus ouvidos.
O fim do dia me põe de
joelhos.
Quedo-me e silencio.
Lá onde a vista se alonga
há uma pintura abstrata,
vermelhos e purpúreos,
claros alaranjados.
Uma mão divina caprichou nas pinceladas!
Inquietas formas
e sombras,
colisão entre céu e serras
árvores e terra.
E no caminho, uma árvore
solitária
finca raizes no árido chão.
Um dia contarão a sua história!
Um dia contarão a sua história!
Indiferentes pássaros fazem
a sua revoada,
quase noturna, quase
soturna.
A natureza reverbera os
seus matizes
beleza e pranto se
confundem.
Penso nos avessos do
cotidiano
caminhos de pedras e flores
recortes e contrastes
afetos e saudade.
Não sei se a natureza chora
ao despedir-se do dia.
Seria um festim da noite
para alumiar as dores
desertadas entre faces e
risos?
A minh'alma reparte-se sublimando o dia.
Recolhe-se a fala e, quieta, dorme.
Imperativo calar!
Atrás dos montes um gigante acomoda-se
logo sera noite e a lua ,
de fases, esconde-se.
Será que verei estrelas nos
meus descaminhos?
Fátima Mota
sexta-feira, agosto 8
domingo, agosto 3
Notívaga
Ela era da noite e festejava suas andanças
em taças de cristais.
Nas madrugadas tornava-se febril.
Ela era de alcovas e transitava
por templos bizarros.
Ela vinha de Marte e de toda parte
onde o amor não era vil.
Ela presenteava beijos carmins
gostava de ser gentil
sem contar tempo, sem contratempos.
Ela era de lua, se dizia absoluta
despia as vestes da sua verdade
e suspirava nos braços da solidão.
Ela era de lis e da flor sem anis
colhia feitiço e nasceu num tempo
em que morrer de amor
era vício.
Fátima Mota
em taças de cristais.
Nas madrugadas tornava-se febril.
Ela era de alcovas e transitava
por templos bizarros.
Ela vinha de Marte e de toda parte
onde o amor não era vil.
Ela presenteava beijos carmins
gostava de ser gentil
sem contar tempo, sem contratempos.
Ela era de lua, se dizia absoluta
despia as vestes da sua verdade
e suspirava nos braços da solidão.
Ela era de lis e da flor sem anis
colhia feitiço e nasceu num tempo
em que morrer de amor
era vício.
Fátima Mota
...Tranço meus fios e assim, com rendas e bilros terço oração de contas rosário...
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