Ela era da noite e festejava suas andanças
em taças de cristais.
Nas madrugadas tornava-se febril.
Ela era de alcovas e transitava
por templos bizarros.
Ela vinha de Marte e de toda parte
onde o amor não era vil.
Ela presenteava beijos carmins
gostava de ser gentil
sem contar tempo, sem contratempos.
Ela era de lua, se dizia absoluta
despia as vestes da sua verdade
e suspirava nos braços da solidão.
Ela era de lis e da flor sem anis
colhia feitiço e nasceu num tempo
em que morrer de amor
era vício.
Fátima Mota
...Tranço meus fios e assim, com rendas e bilros terço oração de contas rosário...
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