segunda-feira, julho 4

Prosaico

Viajo sob as bênçãos das estrelas


Anéis de Saturno escondem luas cheias


E me trazem á terra prometida.



 Trafego sob o manto da madrugada indolente
Os meus pés, descalços não ferem a poesia
E os meus dedos são reféns da pena que enseja o verso.

Tenho abraços que são laços
Furta cor, furta dor
E de tão lilás confundem-se
Antes do sol se por. 

Tomo assento nos teus desenhos
De um tempo rei sem muralhas
Sem relógios. Nos vidros fractais
Quebro a cabeça, sem cortes de navalhas.
 

Sem mochilas, sem avisos
Andarilho sou, vícios fatais
Indícios da prosaica poesia
Que vem de mansinho acalentar meus ais.

Fátima Mota




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