Anéis de Saturno escondem luas cheias
E me trazem á terra prometida.
Os meus pés, descalços
não ferem a poesia
E os meus dedos são reféns
da pena que enseja o verso.
Tenho abraços que são
laços
Furta cor, furta dor
E de tão lilás
confundem-se
Antes do sol se por.
Tomo assento nos teus
desenhos
De um tempo rei sem
muralhas
Sem relógios. Nos vidros
fractais
Quebro a cabeça, sem cortes
de navalhas.
Sem mochilas, sem
avisos
Andarilho sou, vícios
fatais
Indícios da prosaica poesia
Que vem de mansinho acalentar
meus ais.
Fátima Mota
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Registre a sua passagem por aqui. Fique à vontade para comentar.