segunda-feira, janeiro 14

Chuva de verão

Chuva de verão


De repente
Todos os gris deslumbram
O horizonte torna-se íntimo do oceano
E o meu olhar já não vislumbra ao longe
Entre o céu e a terra os cheiros me visitam
Cheiro de maresia
E de antecipação da tarde que se faz outono.

Renitente, o sol tenta
Recolorir a paisagem em tons violetas e quentes
Descortina-se entre brancos carneiros de nuvens
Testemunho da vida  que lá fora corre apressada.

É um caso de amor apressado entre o verão e a cidade.

A tarde sucumbe ao tempo e
Por entre as cores do arco
Íris de Deus em lamento chora
Molhando o asfalto e os pensamentos meus.
FATIMA MOTA

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